A cultura hip-hop dominou o Japão. Mas é preciso dizer que é mais uma atitude visual do que revolucionária. Não é fácil encontrar aqui grandes desigualdades e diferenças sociais para situar o hip-hop enquanto necessidade de expressão de uma classe desfavorecida. A necessidade parece ser mesmo a de expressar o desejo simples de ser diferente. Manos de boutique, manos de grife. Copiam descaradamente e com orgulho o estilo dos rappers americanos e muitas vezes nem escutam rap. Soa falso, não combina. Mas numa cultura onde a lei é ser igual e a formalidade é uma imposição, esse parece um jeito de fugir do esquema.
